Afinal, faz bem ou mal? Como a carne vermelha pode influenciar a sua saúde

Quando o assunto é alimentação, sempre surgem diversas dúvidas a respeito dos alimentos. De modo geral, as pessoas querem saber o que podem ou não comer e se determinado produto faz mal à saúde. Os alimentos são muitos e as opiniões também, mas quem domina essa discussão e está sempre no centro do assunto é a carne vermelha.

Essa ambiguidade com relação à carne geralmente gira em torno de duas questões: se deve ser uma presença constante no prato do consumidor e se definitivamente faz bem ou mal ao organismo. Para isso, buscamos desmistificar e esclarecer quais os principais mitos e verdades que rodeiam a carne vermelha.

A nutricionista clínica e esportiva Ana Paula Pereira conta que a carne é fonte de mioglobulina, uma proteína que promove o transporte de oxigênio para as células musculares e age como antidepressivo, o que permite exercícios mais intensos e sensação de bem-estar. “É importante ressaltar que, para desfrutar dos benefícios do consumo da carne vermelha, é preciso saber escolher o corte da carne e o tipo de preparo, dando preferência àqueles que não levem muito óleo, como grelhados e assados”, afirmou.

Há quem diga que, durante uma dieta, não se pode consumir carne vermelha, porém isto é um mito. Mesmo em planos alimentares restritos, ela sempre está presente. “A carne vermelha pode, sim, estar em uma dieta, inclusive em dietas saudáveis. Por exemplo, um filé de carne magra com arroz e feijão formam um prato rico em carboidratos, aminoácidos essenciais e gordura, pois, sim, ela também é necessária. Além disso há ferro, vitaminas e outros minerais presentes”, relatou Ana.

Ainda entre os benefícios da carne, podemos destacar que ela é muito importante tanto para imunidade quanto para a construção de massa muscular no corpo, pois possui zinco. E não podemos esquecer a vitamina B12: a carne vermelha é uma das principais fontes dessa vitamina que faz parte do processo de produção de energia no nosso organismo.

A nutricionista também falou sobre o ferro encontrado na carne ser melhor que o dos vegetais. Ela explica que, na verdade, esse tipo de nutriente tem uma taxa de absorção maior quando comparado às fontes vegetais.

É normal ouvir que o consumo diário da carne vermelha aumenta as chances de doenças cardiovasculares e o risco de morte, mas isto está relacionado aos cortes cheios de gordura ou carne processada como a salsicha. De modo geral, esse prato pode estar presente até três vezes por semana, e quando possível deve-se alternar com carnes de ave, peixe ou porco. Uma vez que elas possuem nutrientes diferentes e trazem outros benefícios ao organismo.

E, para finalizar essa série de dúvidas com relação à carne, mais um mito: o de que a carne vermelha não faz falta ao organismo. Se os nutrientes presentes na carne não forem repostos, o organismo sofrerá inúmeras carências nutricionais. Como podemos ver, a carne é uma fonte muito rica em proteínas que o nosso corpo não produz, e só podemos absorver através deste tipo de alimento.

Alinhado a tudo isso, está a procedência da carne e o trabalho dos técnicos de abate, que atualmente são vistoriados de perto.

“Nossos certificadores acompanham todo o processo dentro dos frigoríficos e passam por treinamentos e atualizações semestrais, estando sempre em busca da excelência na certificação dos processos de qualidade”, relatou a gerente do Programa Carne Pampa da ABHB, Fabiana Freitas.

Outro fator que atesta a qualidade e procedência da carne é o selo. O Programa Carne Pampa da ABHB possui o selo Carne Certificada Hereford que é a marca de confiança e transparência que acompanha todos os cortes certificados pela entidade. O selo é o atestado de que o produto foi acompanhado e classificado desde sua origem e também uma garantia de sabor, suculência e maciez.

Fotos: Ana Virgínia Guterres e Fernanda Duarte

Texto: Dhésika Vidikin, reg. prof. 19.647

Ascom ABHB

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